Mielomeningocele - O que é e como evitar

      Olá, aproveitando que estamos entrando no mês de Maio, venho trazer para vocês alguns esclarecimentos e dicas para futuras mamães. Provavelmente você ainda não deve ter ouvido falar sobre essa doença a menos que conheça alguém que tenha nascido assim. Justamente por não ser muito difundida, resolvi falar sobre ela. A Mielomeningocele, também chamada de Espinha Bífida, é uma doença, ou melhor, uma má formação do bebê que acontece nos primeiros meses de gravidez. Existe também a Meningocele que é mais rara, porém aqui falo da Mielomeningocele que é mais comum e também mais grave. Trata-se de uma má formação da coluna vertebral onde os arcos vertebrais não se fecharam como deveriam, e assim, há o extravasamento de componentes do sistema nervoso central, como a medula, raízes nervosas e líquido cefalorraquidiano (que temos em nossa cabeça), atingindo também a pele e osso no local da lesão. Há a formação de uma "bolsa" externa onde ficam armazenados esses componentes que estão "fora do lugar" onde deveriam. Essa bolsa pode, ainda estar rompida ou romper-se no ato do nascimento, o que pode ocasionar infecções graves. Essa bolsa que se forma nas costas do bebê pode ser vista através do exame de ultrassonografia, mas também pode acontecer de não dar para ver nada.

      Dependendo do local da lesão, pode ocorrer uma série de acometimentos, geralmente do local da lesão para baixo, já que algumas raízes nervosas foram perdidas. As principais sequelas da mielo são a hidrocefalia, bexiga e intestino neurogênicos, alergia ao látex e problemas ortopédicos como pé torto, atrofia das pernas e principalmente uma paralisia dos membros inferiores. Na maioria dos casos, as pessoas não andam ou andam com aparelhos ou andam bem torto. A mielomeningocele possui vários graus de sequelas que variam de acordo com a altura onde a coluna não se fechou. Quanto mais baixa a lesão, menores as sequelas. A grande maioria das crianças que nascem com essa doença acabam desenvolvendo também a hidrocefalia, que é o acúmulo de líquido em excesso na cabeça, mas não vamos falar disso agora.

      Isso pode ser evitado?

  Pesquisas mostram que a ingestão de ácido fólico três meses antes e três meses depois da fecundação, ou seja, até três meses depois de engravidar, reduz em até 50% o risco de o bebê desenvolver defeitos desse tipo. Há também outra boa notícia: Há um neurocirurgião, em São Paulo, seu nome é Sergio Cavalheiro, que já foi no programa Mais Você da Rede Globo de Televisão, que é o pioneiro em um procedimento cirúrgico. Se a doença for detectada na ultrassonografia, esse médico faz um procedimento cirúrgico intrauterino, onde, juntamente com um obstetra, mais ou menos com cinco meses de gestação, abre-se a barriga da gestante e o médico opera o bebê ainda no útero da mãe, depois fecha-se tudo e continua-se a gestação. Essa cirurgia pioneira faz com que os bebês nasçam bem e não desenvolvam a hidrocefalia.

      Bebês que nascem com essa complicação precisam nascer em um local onde seja realizada a cirurgia para fechamento da "coluna" o mais rápido possível, evitando assim, infecções graves como a Meningite.

Então, anota aí:

• Faça o seu pré natal direitinho;
• Faça seus exames de Ultrassonografia em locais confiáveis e com bons aparelhos, mesmo que seja um pouco mais caro;
• Faça uso de ácido fólico de três meses antes até três meses depois de engravidar. O Ácido fólico está presente no fígado e em vegetais verde escuros como o brócolis. Também existem em comprimidos.

      Deus escolhe mães especiais para gerar crianças especiais, pois como nos diz a bíblia, no livro dos Salmos 127:3 - os filhos são herança do Senhor. Gerar um filho é uma bênção de Deus e se você tem um filho assim, agradeça a Deus e creia que sua especialidade é fazer o impossível acontecer. Deus nos capacita e fortalece quando precisamos e reconhecemos nossa dependência Dele.